domingo, 15 de fevereiro de 2009

Baldrame pronto, novas aquisições!
















Que os aquarianos tem pouco juízo - não são normóticos - , é fato. Mas ultimamente tenho pensado que exagerei. Algo me diz, entretanto, que será compensador.
Garantir a preservação desse cerrado da Armação, da mata ciliar, do córrego - nos pequenos 30 metros que me cabe proteger - certamente me estimulam muito e compensam as dificuldades. São apenas dois hectares, mas é a minha parte. Faço-a com teimosia, algum mau humor eventual. Mas a maior parte do tempo me traz muito prazer.
A casa na árvore - ou a árvore na casa - está com estrutura e telhados prontos. Agora é o fechamento. Consegui alguns vidros temperados usados no Ferro Velho Unai, caibros antigos, umas portas enormes, tipo 2,90x2,50, de ipê, com vidros e tábuas de deck horrorosas, de pinus tratado - fica um verde esquisitissimo - e acho que vai dar samba. Prefiro samba a rock.
O próprio pessoal do Ferro Velho foi levar o material. Acho que ficaram curiosos, porque só usam o caminhão para compras. Mas o frete que contratei apareceu com uma camionete e não caberia o material. Confiram as fotos. Eles são uns amores.
A caixa dágua usada que comprei, de 25.000 litros - calma, pessoal, é para ter segurança hídrica, num local em que chove pouco, não vou esbanjar, pretendo captar água da chuva, ter uma Mandalla, já coloquei fossa ecológica e infiltro a água cinza e tal - já está funcionando, com excelente pressão. A base foi uma encrenca, mas saiu.
O baldrame da casa de tijolos de solo cimento está pronto - usando osb e pinus nas formas, vocês podem conferir o Mestre João Carlos examinando - e como eu mesma fiz o desenho - não posso chamar de projeto - e minha amiga Alba passou para a escala correta - toda hora defino as coisas. Onde vão os vidros temperados, as portas e janelas? Uma delícia. Tenho medo do resultado não ser bom, mas me arrisco, como boa aquariana. A preocupação é ter luz natural, bom isolamento térmico e ventilação.
Consegui fazer o telhado da casa na árovre - ou árvore na casa - com telhas que eu tinha guardado da reforma da minha moradia atual. A madeira serrada eu comprei em angelim de uma madeireira que tem DOF - Documento de Origem Florestal, do Grupo RL Usei a manta Durafoil e nem me arrisquei a verificar se é sustentável. O preço na Leroy estava bom, fechei um pouquinho os olhos. A estrutura em aroeira, como já disse, veio de postes antigos da CEMIG de Juatuba.
Agora estou na fase de começar a pensar louças, acabamentos.
Consultei a Roca/Celite sobre a possibilidade de ter alguma redução de preço para usar o sistema Ecoflush e divulgar a tecnologia e fornecedores. A gente pensa que todo mundo sabe, nós aqui, da tribo da sustentabilidade, mas não sabe, não. Tem gente construindo aos montes, sem saber que você pode reduzir, sem perda de qualidade de vida, seu consumo de água e energia. Uma descarga que tenha opção de 3 e 6 litros, como é o caso. Torneiras com controle de vazão. Ferro Velho - você compra vidro temperado usado a R$ 60,00 o metro quadrado, quando ele custa entre R$ 150 e 240 no mercado. E encontra desde box de 0,75m a peças grandes. Imagine você mandar fazer uma porta de ipê de 2,90 por 2,50. Primeiro, que eu não ia ter coragem. Estou com umas 70 mudas de ipê, já plantei um monte e vou doar o resto. Também já plantei algumas antes e sei o que é uma árvore dessas crescer. Aí você compra por R$ 1.100 duas portas imensas de ipê, com portal e tudo, vidros. E fica imaginando porque as pessoas fazem isso. Descartam. Tiram metros e metros quadrados de pisos de peroba, ipê, dos apartamentos do plano piloto e jogam em containers na rua. É insano.
Bom, gente, é isso. Torçam por mim, porque desistir é fácil. Mas eu sou aquariana. :-)

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