Neste primeiro dia do ano, eu quis registrar algumas cenas:
Tira gosto: a flor do pau santo, espia que coisa mais rica:
Comecei o dia acendendo o fogão de lenha e aí temos um franguinho caipira com pequi aqui da Armação. O pequi. Ainda não crio galinhas e quando criava não tinha coragem de matar para comer... aiaiaiaiaia.... comprava na feira.
As palmas que Júnior me trouxe no Natal e que plantei dia 26, pasmem... já começaram a florir. Delícia! E olha aí minha árvore adorada - o urucum, cuja semente, seca, já uso para cozinhar. Se eu comer algo com aquele corante que vende em pó, no mercado, tenho azia - coisa que sinto nunca - mas a semente, natural, não me traz mal estar. Talvez eles moam a casca junto, o que é realmente irritante para o estomâgo, segundo andei lendo.
E mainha, como libriana das boas, ama a beleza e fez esse arranjo do cerrado na floreira da Serra da Capivara, lá do Piaui. Ganhei algumas peças, há anos. Depois comprei outras em BH, na "Mãos de Minas". Agora, no Natal, Nelma me presenteou com outras peças da coleção, amei. Artesanato de comunidades, adoro.
As patas de elefante, ainda esperando o local do plantio definitivo, entre elas a da Alice, tadinha, amarelou de tanto esperar a ida pro Espirito Santo, para a Prata da Mata. Mas Alice promete vir buscar em janeiro, com o Jônice. Tomara Pétala venha também... ô famíliazinha gostosa.
Essa dracena me foi presenteada há muitos anos por um casal que gosto muito - Leonardo e Josélia. Aliás, vieram me trazer uma encomenda dia 31 e acho que se surpreenderam quando lhes mostrei a bichinha, que ficou esse tempo todo num vaso, na varanda da casa do Park Way. Atrás dela, um dos muito troncos que encontramos caídos por aqui, na mata.
As capuchinhas que vieram da chácara do João e da Iolanda, mãe do Adolpho, meu candidato a genro, adoraram a companhia das bromélias da Universidade Federal de Viçosa, via Correio. O pessoal da universidade foi atencioso, me ensinou como plantar, como evitar o criatório de mosquitos - eu não me conformava com a idéia de colocar cloro no copo da bromélia. Me ensinaram a copiar a natureza - criar um ambiente adverso ao Aedes, com uma mistura de humus e agua... Dez, né? As capuchinhas já estão sendo devidamente degustadas nas saladinhas aqui da Armãção, dando um charme a mais na mesa.
Aí temos uma vista geral da lateral da casa, com as bromélias, capuchinha e a brasileirinha, que foi transplantada do park way.
Na horta, ainda meio fraquinha, já temos uma profusão do chapéu de bispo. Parece pimenta, mas não arde, é próximo ao pimentão mesmo.
Como boa maranhense, não poderia faltar o joão gomes, usado em vários pratos da cozinha regional da minha terra. Aliás, Josélia, adivinhando, me trouxe um livro de receitas típicas, estou me preparando para fazer a caldeirada, o arroz de cuxá - que já faço mesmo, mas sem gergelim -, a torta de sururu, o capão recheado... ah, quantas delícias tem o Maranhão. O pé de bacuri eu ganhei do William, direto do Pará e está lá na Mandalla, com plaquinha e tudo e vai render uns bons cremes e mousses! E ele me avisou que estava no Ver o Peso, trazendo outra muda e mais uma de castanha. Ele fala do Pará, mas sou amiga dos acreanos e falo - castanha do Brasil.... Inveja de comer um peixe frito com açaí... Ô Brasil dez de mil sabores...
Como boa maranhense, não poderia faltar o joão gomes, usado em vários pratos da cozinha regional da minha terra. Aliás, Josélia, adivinhando, me trouxe um livro de receitas típicas, estou me preparando para fazer a caldeirada, o arroz de cuxá - que já faço mesmo, mas sem gergelim -, a torta de sururu, o capão recheado... ah, quantas delícias tem o Maranhão. O pé de bacuri eu ganhei do William, direto do Pará e está lá na Mandalla, com plaquinha e tudo e vai render uns bons cremes e mousses! E ele me avisou que estava no Ver o Peso, trazendo outra muda e mais uma de castanha. Ele fala do Pará, mas sou amiga dos acreanos e falo - castanha do Brasil.... Inveja de comer um peixe frito com açaí... Ô Brasil dez de mil sabores...
E aí está ela, a rainha absoluta da culinária maranhense, depois dos pescados, claro: a vinagreira. Ou rosela, para o povo do sul. A folha lembra a canabis... bom, nunca tentei fumá-la... quem sabe?
A acerola também foi transplantada, há cerca de um mês, do meu quintal do Park Way, tinhamos três plantas grandes, deixei-as e trouxe essa menor, deu certo, está carregada mas um maldito percevejo preto está destruindo as frutas, provoca lesões. Coloquei um inseticida natural há uns 15 dias, mas a chuva levou, certamente e hoje o vândalo estava lá, atacando minha aceroleira. Além de umas coisas pequenas, menores que as joaninhas que também atacam as folhas. Vou tentar a tal água de leite...
Uma pausa para minha orquídea que encontrei florida há uns dois meses, no viveiro das pitangueiras. Conseguimos algumas centenas de mudas para fazer um cerca viva, um mimo para os passarinhos daqui.
Uma pausa para minha orquídea que encontrei florida há uns dois meses, no viveiro das pitangueiras. Conseguimos algumas centenas de mudas para fazer um cerca viva, um mimo para os passarinhos daqui.
Assim, vamos vivendo, na Armação. Os dias passam devagar, as vezes nem tanto. Essa calmaria, a chuva gostosa, ajudantes de férias - todos ao mesmo tempo - obrigam a gente a algo muito bom - olhar para si. Enxergar-se, sem os artificios de que cargo você ocupa, de que suposto poder você tem, onde é sua vaga na garagem, e essas coisas que vão dominando a vida da maioria das pessoas. Muito boa, essa experiência.
Um comentário:
é verdade, Tania! a gente se encontra ou reencontra ao que realmente somos. Isso não tem dinheiro que pague!
Ah, e que delícia é ler teu relato cheio de emoção sobre a vida na Armação.Uma poesia!
Um beijo
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