Hoje, choveu, choveu... a despedida do verão se transformou num poema de umidades, neblina e beija-flores, nos lados da Armação.
Hoje, um beija flor enorme entrou casinha adentro, fez seu vôo - vigoroso - de reconhecimento - e partiu. Era como dissesse - o espaço é meu. O rasante inesperado quase me jogou ao chão. Pena não ter conseguido registrar. Foi tudo rápido, como é o beija-flor.
Mas eu queria mesmo contar para vocês que a casinha da árvore já se transformou num lugarzinho gostoso, cheio de lembranças dos amigos e amigas que ganhei ao longo da vida. Das viagens. Coisas boas para essa minha meia idade que teima em se rechear de criancices.
Hoje cozinhei para mamãe e Amanda. Nós três, as gerações ali, vivas, juntas, felizes, foi bom. Meu fogãozinho elétrico deu conta do arroz com passas, creme de milho, strogonoff de gluten e frango grelhado. Além de uma saladinha com alface tirada na hora, recheada de manjericão, hortelã, cebolinha - fresquinhos.
Como é delicioso isso. Ter tempo para apreciar as coisas ditas pequenas, mas que fazem uma festa na alma da gente.
Muito bom esse dia e eu quis dividir com vocês.
Boa semana!
E vejam nas fotos: a mandala que Serginho e Edna me presentearam, bem no vidro onde vejo a estrela Dalva, na madrugada. O painel com um trecho do Guimarães Rosa, de minha viagem a Minas, em busca dos postes de aroeira da CEMIG - é das bordadeiras de Andrequicé, pertinho de Três Marias, vale a pena conhecer. É onde fica o museu do Manuelzão. Ou seria Manuelão? Ai e o Miguelim... E a carinha boa delas, depois do almoço... As alfaces e cebolinhas... delícia.